Quando o frio aperta e a humidade resolve não dar tréguas, etiquetar produtos deixa de ser uma tarefa simples e vira um verdadeiro teste à criatividade da indústria. A escolha de materiais, adesivos e tintas certas faz toda a diferença entre rótulos irrepreensíveis – que mantêm a informação legível do início ao fim da cadeia logística – e etiquetas a abandonar o navio à primeira condensação.
Neste artigo, partilhamos como dar resposta a estes desafios com soluções de alto desempenho, e explicamos passo a passo como testar, aplicar e controlar cada detalhe para garantir zero surpresas: etiquetas sempre no lugar certo, prontas para enfrentar qualquer ambiente.
Desafios do frio e da humidade: superfícies, condensação e manuseio
Aplicar etiquetas num ambiente onde mandam o frio e a humidade é quase desporto radical – e não, “cola mais forte” não resolve tudo. Em câmaras frias, túneis de congelação ou na preparação de frescos, lidamos com superfícies húmidas, geladas, por vezes até oleosas ou irregulares, e com uma condensação que aparece até na embalagem e na etiqueta, sempre pronta a pregar a partida do choque térmico.
Se a aplicação foge do intervalo certo de temperatura (tanto de serviço como de aplicação), a adesão inicial (o famoso “tack”) fraqueja: as etiquetas começam a levantar cantos, descolar antes do tempo, e a impressão vai perdendo brilho e legibilidade. Filmes plásticos lisos – como bandejas termoformadas, sacos PP/PE ou “skin packs” – ainda complicam o cenário, já que dificultam a ancoragem do adesivo e da tinta, obrigando à escolha de materiais técnicos à altura do desafio.
Materiais, adesivos e tintas: o trio imbatível para etiquetas que não vacilam
Para máxima durabilidade em ambientes frios e húmidos, filmes sintéticos como PP (BOPP) e PE são os verdadeiros campeões: resistem bravamente à água, gelo e rasgos onde o papel já teria desistido da missão.
No que toca ao adesivo, as colas desenvolvidas para aplicar sobre superficies já congeladas primam pelo tack imediato– colam na hora e não desistem fácil.
Se a etiqueta vai ser impressa localmente, aposte na transferência térmica mista (Cera Resina) – e, para situações mais exigentes, opte por ribbons de resina, garantindo resistência à água, fricção e detergentes. A ARMOR, por exemplo, oferece opções como o APR6, perfeito para níveis intermédios de resistência (etiquetas para hortícolas, por exemplo), ou o AXR7+ (Resina), ideal para rótulos de fumeiro e aplicações com alto grau de exigência. Já para etiquetas pré-impressas, escolha sempre tintas e vernizes preparados para encarar condensação e variações térmicas frequentes do ambiente logístico.
Aqui vai um mapa rápido de aplicações:
- Frescos e refrigerados (2–8 ºC): papel branco standard meio brilho com adesivo hot-melt de última geração costuma dar conta do recado.
- Superfícies já Congelados (‑18 ºC ou menos): Polipropileno branco brilho com adesivo hot-melt, polietileno hot-melt ou papéis térmicos top/eco especialmente desenvolvidos para congelados, além de papel branco standard com adesivo para temperaturas negativas.
- Embalagens curvas ou tampas flexíveis: Polietileno hot-melt, flexível e adaptável, garantindo total conformidade com as curvas da embalagem.
Se a etiqueta inclui códigos 2D/Datamatrix para rastreio, invista num bom contraste e blindagem do campo de leitura.
Para comparar opções e tirar dúvidas, consulte sempre guias de referência como a GS1 Logistic Label Guideline, e catálogos dos principais fornecedores de etiquetas freezer – a Codimarc não falta nessa lista.

Testar, aplicar e controlar: o trio que faz etiquetas ficarem (e durarem) onde devem
O caminho para “zero surpresas” começa com testes planeados e um protocolo rigoroso, porque na Codimarc gostamos de etiquetas que não pregam partidas.
Aqui está o guia prático:
- Amostras de 2–3 combinações de face/adesivo/ribbon;
- Aplique-as em condições reais (temperatura da superfície, com e sem condensação – nada de facilitismos!);
- Submeta tudo a ciclos térmicos (aplicação a +5 ºC, armazene a -18 ºC, traga de volta aos +5 ºC) e depois realize provas de fricção, rasgo e lavagem dignas de laboratório de resistência;
- Registe imagens (não, selfies não contam!) e as leituras de códigos (1D/2D) após cada etapa;
- Aprove a combinação campeã e documente todos os parâmetros de impressão e aplicação – porque memória de elefante é só nos animais.
- Na linha de produção, não se esqueça: limpe sempre as superfícies antes de colar; pressione firme com rolo ou à mão com convicção; evite puxar etiquetas em curvas apertadas, porque etiqueta esticada não faz amigos.
- Mantenha os stocks condicionados e deixe os rolos “aclimatar” antes de usar, para evitar choque térmico (etiquetas também gostam de ambientar-se!).
Com este cuidado, garantimos etiquetas à prova de frio, humidade e imprevistos — porque rótulos de confiança não escorregam!
Resumindo
Escolher o material e o adesivo certos para ambientes frios e húmidos é o segredo para uma operação logística sem imprevistos—afinal, cada etiqueta tem de chegar intacta ao destino, sem surpresas nem perdas de rastreabilidade. Na Codimarc, aliamos conhecimento técnico, experiência de campo e personalização para garantir que cada solução é feita à sua medida: da primeira aplicação à última entrega, mesmo quando o frio e a humidade complicam o percurso.
Não quer perder o sono com etiquetas que não resistem nem ao inverno português? Conte connosco para criar rótulos prontos a tudo no seu processo logístico!
Autor: José Duarte
Com mais de uma década de experiência em soluções de rotulagem e identificação na Codimarc, ajudo empresas a simplificar processos de identificação de produtos, sempre atento às necessidades de cada cliente. Apaixonado pelo que faço, acredito numa experiência eficaz e agradável. Fora do trabalho, sou um entusiasta de música e desporto e um pai com energia para a brincadeira! O meu lema: etiquetas perfeitas e relações duradouras.





