MobileCom: O Desafio do Mobile na GS1

Publicado por: José Sampaio

Post Date 2/jan/2013 12:00:00

GS! MobileArtigo originalmente publicado no website da GS1 Portugal, da qual a Codimarc é associada e com quem mantém estreita colaboração.

O nome GS1 estará sempre associado à criação de um sistema global de standards de supply chain, sendo o mais emblemático o código de barras, mas a GS1 aposta fortemente nas novas tecnologias para aproximar marcas e consumidores. Por isso tem em curso o programa MobileCom, centrado nos smartphones. "O móvel é a tendência", disse à Store o diretor executivo da GS1 Portugal CODIPOR, João de Castro Guimarães

O desafio do mobile na GS1

Todos os consumidores têm acesso a informações sobre produtos e serviços relacionados através dos seus telefones móveis. Todos os intervenientes utilizam as normas GS1 para tornar isso possível e assim assegurar as aplicações interoperacionais, escaláveis e com uma relação custo-benefício aceitável. As aplicações colaborativas de mobile commerce passam a ser disponibilizadas em plataformas abertas. Estas são as três traves-mestras da "visão" da GS1 para integrar os telemóveis, principalmente os smartphones, na relação B2C.

O projeto chama-se GS1 MobileCom e teve início em 2012 em Portugal. O retalho é a principal prioridade para 2013 e a ideia é expandir para novos sectores, como a saúde, a banca e o eGov, a partir de 2014. O "MobileCom é uma das prioridades pois o móvel é a tendência", afirma Castro Guimarães. O projeto "aperfeiçoa ainda mais o código de barras" e transforma a GS1 numa organização B2B em B2B2C", afirma o mesmo responsável.

O trusted source of data (TSD) é outro dos pilares da estratégia mobile da GS1 - instituição não governamental com sedes centrais em Bruxelas e nos EUA, fundada há 40 anos e que tem cerca de dois milhões de empresas associadas, servindo 150 países. O TSD responde à era do mobile mas também às exigências de Bruxelas de obrigar os fabricantes a disponibilizar informação dos rótulos dos produtos online a partir de 2014.

O projeto piloto do TSD decorreu entre julho e dezembro de 2011, envolvendo 30 empresas em oito países, que forneceram informação sobre 900 produtos, usada depois em cinco aplicações móveis.
A Cadbury, o Carrefour, a Coca-Cola, a Danone, a Eroski, a Nestlé, a PepsiCo, a Tesco e a Unilever foram algumas das empresas que participaram no piloto. Segundo a GS1 o "projeto piloto foi um sucesso" confirmando que as empresas podem partilhar informação com os consumidores de uma forma rápida através de aplicações e com uma estratégia "global e interoperacional".

Os testes mostraram que o tempo médio de transferência de informação entre os fornecedores das aplicações e os agregadores de dados foi de 1,4 segundos. Isso significa que, em condições normais de operação, o tempo que demora entre a leitura de um código de barras e os dados do produto serem disponibilizados na aplicação móvel ronda uma média de entre três a cinco segundos. Quais as principais conclusões deste teste piloto? A GS1 refere duas: dados de alta qualidade são chave do sucesso e simplificação da arquitetura técnica.

A rede global de sincronização de dados da GS1 - GDSN (Global Data Synchronization network) - é onde assenta, em parte, o TSD. Criada em 2004, a GS1 GDSN é hoje utilizada em 150 países, por mais de 25 000 empresas de diferentes setores. Este diretório de informação identifica, armazena e sincroniza a informação dos produtos no universo das bases de dados que constituem a GS1 GDSN. Diz a organização que quando foi criado, o gS1 global registry armazenava somente 74 000 itens registados e era alimentado por parceiros comerciais de, apenas, 13 países.

Fundada em 1985, a GS1 Portugal CODIPOR, que introduziu os códigos de barras no país, apresenta-se do seguinte modo: "reúne stakeholders - desde produtores de matérias-primas, detentores de marcas, distribuidores e retalhistas, a associações industriais e prestadores de serviços tecnológicos - com o objetivo de desenvolver, adotar e implementar normas globais que revolucionam a forma de fazer negócios. Actualmente representa cerca de 7 000 empresas de variados sectores"

A GS1 recomenda a utilização de Normas Globais para a identificação e codificação da informação comercial, de forma a dar mais eficiência e segurança às operações de captura e processamento da informação ao longo da cadeia de abastecimento. O Sistema GS1, por ser o Sistema de Normas Globais mais utilizado em todo o mundo e por todos os sectores, é o mais eficaz nesse âmbito.

Autor: José Sampaio

Director Geral da Codimarc. Há mais de 18 anos a aprender, inovar e partilhar formas de Rotular, Etiquetar e Codificar os mais variados produtos na indústria Portuguesa.

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Tópicos: Código Barras

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