Acontece mais vezes que o desejado, termos dificuldades de leitura dos Códigos de Barras, principalmente os impressos em etiquetas térmicas, etiquetas autocolantes ou em etiquetas de rolo.
Para interpretarmos melhor o porquê dessa dificuldade, para além das óbvias falhas do leitor de códigos de barras, aqui vai uma explicação mais técnica.
Leitura do Código de Barras
Num código de barras UPC o último dígito é designado por checkdigit. Este dígito permite que o scanner determine se o número foi lido correctamente. Vejamos como é calculado o checkdigit para os 11 dígitos no código 63938200039, conforme o "The Teenager's Guide to the Real World":
- soma o valor de todos os dígitos em posições ímpares (dígitos 1, 3, 5, 7 e 9).
- 6 + 9 + 8 + 0 + 0 + 9 = 32
- multiplica esse número por 3.
- 32 x 3 = 96
- soma o valor de todos os dígitos em posições pares (dígitos 2, 4, 6, 8 e 10).
- 3 + 3 + 2 + 0 + 3 = 11
- soma este valor ao valor no passo 2.
- 96 + 11 = 107
- para criar o código verificador, determina o número que, quando adicionado ao número do passo 4, é múltiplo de 10.
- 107 + 3 = 110
- Dessa forma, o checkdigit é 3.
Sempre que o scanner do leitor de código de barras faz a leitura de um item, é executado este cálculo. Se o checkdigit calculado for diferente do checkdigit lido, o scanner sabe que algo está errado e que este item deve ser lido novamente.
Resumindo:
Para evitar problemas de leitura do código de barras, a qualidade e preservação de todos os elementos no processo de impressão: etiquetas, impressoras, ribbon e limpeza das cabeças de impressão (não limpe com algodão e alcool - há toalhetes próprios para isso) são extremamente importantes.Depois temos o manuseamento das etiquetas, e mesmo se as etiquetas são as mais adequadas para o tipo de ambientes por onde passam, e por fim a qualidade do leitor do código de barras também pode executar melhor ou pior o seu papel.
Autor: José Sampaio